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Do raciocínio nada nada lógico

Vocês provavelmente já conhecem minha avó. A fama da velha, percebo a cada dia, corre os quatro cantos do mundo. Mas um fato que não é de conhecimento tão público assim é que na verdade toda a minha família é praticamente composta de seres excêntricos (eufemismo pra lunáticos, verdade seja dita).

Prova disso é o meu irmão por parte de pai Eric, 8 meses mais velho que eu, dono de um raciocínio lógico profundo e complexo. Só me dei conta de que ele é uma figura única nesse nosso mundo terreno na semana passada, quando recebi um e-mail maroto dele que descrevia algumas camisas de times/seleções de futebol da sua infindável coleção que ele queria se desfazer. Naquele exato instante me lembrei de um fato não muito distante.

Ao tal fato não muito distante:

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Minha vó mafiosa

Ceará 1 x 0 Vitória

Tô no quarto, jogando. Aparece a velha, nem bate na porta, põe a cabeça pra dentro:

– Tá perdendo ou tá ganhando, meu filho?

Respondo rápido sem perder a concentração no backhand : – perdendo.

A outra pergunta dela já tava na ponta da língua:

– E aí, ceará que dá pra virar?

Coroa descarada… ainda me fez errar o backhand.

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Rua 7, Quadra 4, Cuniã

Minha infância em Porto Velho foi uma daquelas que tu conta pros amigos com brilho nos olhos e cheiro de nostalgia exalando em cada palavra, mas não tem muito de diferente da infância da maioria dos guris da minha geração: se dividia entre acordar, estudar e RUA, com o agravante de algo que você talvez tenha lido na primeira parte do texto: CASCALHO. Todo meu bairro jazia logo acima de uma vigorosa camada quase virgem composta de terra marrom escura, pedregulhos pontudos e objetos não identificáveis.

Alguém ensina pro Google que "Porto" não tem acento.

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Dos motivos de se criar (mais) um blog

Você era daqueles moleques cheio de pretensões e achava que o time da sua sala carecia da sua habilidade para organizar o meio campo. Claro que você não entendia que o professor, de fora da quadra, gritando LEVANTA A CABEÇA, MATEUS! significava justamente que você não organizava porra nenhuma de nada.

Mesmo assim, aquele gol de placa que você marcou na 8° série contra o time do Sulapa (15 anos, 1,78 cm, 75 kg) perdura no imaginário popular na sua mente, e se não fossem as sucessivas lesões no seu menisco, você provavelmente estaria jogando nos profissionais do Flamengo, fazendo dupla com um sérvio chamado Dejan Petkovic.

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